quinta-feira, 13 de junho de 2013

O amor e os que não estão dispostos a amar




Essa história de amar é, no mínimo, bem intrigante.  

Deixando de lado todo o capitalismo envolvido no dia dos namorados e todo o alarde dos solteiros nas redes sociais, devo dizer que o amor é uma coisa assustadora. Poucas pessoas devem concordar comigo e isso é bom, fica a esperança de um dia ver minha verdade modificada.  

O amor, na minha modesta opinião, pode ser definido como entrega. Sim, entrega, uma entrega completa. O amor é doar-se, esquecer o orgulho, deixar que descubram seus medos e seus sonhos, na verdade é deixar que descubram tudo sobre você.  

O amor só é amor quando você se sente submisso, vulnerável e despreparado. 

Não pode existir no mundo alguém que ame e tenha 100% de autoconfiança. Não combina, sabe? Amar é ter medo de perder, é cuidar para que ninguém mais chegue perto. Claro, não confundam com aquele ciúme doentio e obsessão. Afinal, todos precisamos de espaço.   

A melhor parte do amor vem um pouco antes, é a paixão. Alguns estudos dizem que a paixão só se torna amor depois de 4 anos. Acho que algumas adolescentes não prestam muita atenção nesses estudos. A paixão é legal, meus caros. O coração dispara, a vontade de reencontrar a pessoa fica mais clara a cada dia, você fica corado e sorri atoa.  

A pior parte do amor é justamente a entrega, ou seja, tudo. Para quem é orgulhoso e não gosta de declarar vulnerabilidade, amar pode ser um show de horror. Dizer "eu te amo" pode arder. Ter curiosidade sobre a localização da pessoa amada a todo minuto pode ser doloroso demais, aterrorizador. Perceber que está dando importância demais ao "escolhido" pode arruinar sua vida. Os orgulhosos não gostam de invadir a vida de ninguém, e não querem que invadam sua vida.  

Pessoas assim não admitem, mas com certeza morrem de medo de amar. Morrem de medo de ser amadas! Estranho, não? Pois é. Preferem o nada e a certeza da não rejeição. Preferem a calmaria de apenas dar importância a sua vida, sem cobrar nada e principalmente não serem cobradas. Preferem a solidão ante a ideia de ter o coração partido. 
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